15 junho 2012

Manutenção e moradia no Rio de Janeiro.

15 de maio de 2012
Hoje pela manhã mais um prédio desabou no centro do Rio de Janeiro.

Sede do Bola Preta na Rua do Lavradio o telhado e o segundo andar caíram
 Prédio do Cordão da Bola Preta onde desabou o telhado e o segundo andar
O que aconteceu dessa vez foi que a o Cordão da Bola Preta depois que perdeu a sua sede na Av. 13 de maio, recebeu em comodato do Governo do Rio de Janeiro prédio na esquina das ruas da Relação e Lavradio.
Recebido em 2009 até o presente momento o Cordão da Bola Preta cobriu uma parte do terreno onde faz shows durante o ano e entrou no projeto de ajuda às Escolas de Samba e recebeu cerca de três milhões para a reforma. Uma liminar impediu que a verba destinada ao Bloco pela Prefeitura fosse utilizada para recuperar os prédios e agora ocorre o desabamento.
No centro do Rio de Janeiro, vários prédios tombados são abandonados e caem, a partir daí os donos tentam construir ou transformam o espaço do terreno em estacionamento.
A Prefeitura deve negar autorização para novas construções. Com o objetivo de manter os prédios antigos deve encaminhar para aprovação na Câmara de Vereadores um projeto em que, prédios que venham a cair por abandono ou falta de manutenção devem ser reconstruídos com as mesmas características. Essa medida fará com que os donos dos prédios passem a cuidar melhor do que lhes pertencem. Uma outra medida deveria ser dobrar o IPTU aos que transformaram os espaços vazios em estacionamento até que sejam reconstruídos com as mesmas características.
Medidas como as sugeridas acima, deveriam ser acompanhados por exemplo por um projeto que destinasse o terreno, quando os donos ficassem inadimplantes com o IPTU, a autorizar a recontrução de prédios com as mesmas fachadas dos que ali tinham sido destruídos e internamente seriam adaptados para moradia. Essas construções devem ser construídas com quem se habilitar para morar em apartamentos que seriam financiados pelo poder público.
Um projeto desse tipo não só produzirá o aumento de empregos como ajudará em resolver o problema da falta de habitação. Deverá ser observado que quem adquirir esses apartamentos não poderá vende-los e somente residir neles. Da mesma forma, a aquisição só poderá ser feita por pessoa fisica que não tenha casa própria, dando preferência as famílias com filhos e após verificar as condições financeiras para a aquisição da casa própria. Também permitirá que o Centro do Rio passe a ter mais residências.
Muitas construções no centro do Rio de Janeiro estão mal conservadas e devem ser fiscalizadas e notificadas pela Defesa Civil logo que começar a mostrar que estão mal conservadas.
Uma mostra de vários prédios em mal estado de conservação, outros em obra e prédios novos estão disponíveis aqui.
Vila na Rua do Lavradio
Vila na Rua do Lavradio
Casarão na Rua do Lavradio datado de 1918
Casarão na Rua do Lavradio datado de 1918
Escola da Prefeitura em obras de conservação
Escola da Prefeitura em obras de conservação
Escola da Prefeitura em obras de conservação detalhe da foto anterior
Escola da Prefeitura em obras de conservação detalhe da foto anterior
Casarão na Rua do Senado
Casarão na Rua do Senado
Fachada em obras interior todo demolido Av. Gomes Freire
Fachada em obras interior todo demolido Av. Gomes Freire
Prédio em construção Av. Henrique Valadares, Rua dos Inválidos e Rua do Senado
Prédio em construção Av. Henrique Valadares, Rua dos Inválidos e Rua do Senado
Casa reconstruída que teve a frente demolida onde se instalava um árvore Rua Tadeu Kosciusko
Casa reconstruída que teve a frente demolida onde se instalava um árvore Rua Tadeu Kosciusko
A sede do Bola Preta na Rua da Relação no final o trecho que desabou.
A sede do Bola Preta na Rua da Relação no final o trecho que desabou.
Sociedade Brasileira de Belas Artes Centro no Rio de Janeiro. Rua do Lavradio, 84. Prédio localizado em frente ao Bola Preta que desabou.
Sociedade Brasileira de Belas Artes Centro no Rio de Janeiro. Rua do Lavradio, 84. Prédio localizado em frente ao Bola Preta que desabou.

A OPINIÃO PÚBLICA (OP) e a CPMI do Cachoeira.

14 de junho de 2012
Amanhã a OPINIÃO PÚBLICA (os que assim se auto-intitulam jornais: O Globo / Estado de São Paulo / Folha de São Paulo e as revistas: Veja / Isto é / Época) contará a história sobre o que aconteceu nos últimos três dias. Vamos aguardar e verificar.
Governador Marconi Perillo (Goiás) Governador Agnelo Queiroz (Brasília)
Governador Marconi Perillo (Goiás) Governador Agnelo Queiroz (Brasília)
Apenas para conferir um pequeno relato dos três dias da CPMI.
Dia 12 de junho de 2012
Comparece a CPMI o governador de Goiás Marconi Ferreira Perillo Júnior (Marconi Perillo).
O motivo do comparecimento:
- nas gravações realizadas pela Polícia Federal mais de 200 vezes teve seu nome citado, encontrou o contraventor Carlinhos Cachoeira em almoço, jantar e falou pessoalmente pelo telefone parabenizando-o no dia do seu aniversário. Também das gravações realizadas e divulgadas pela imprensa mais de cem (100) pessoas ligadas ao Carlinhos Cachoeira foram nomeados no governo de Goiás. Ainda segundo a imprensa cerca de 34 comandantes da PM de Goiás foram trocados, por terem vinculação com o grupo do Carlinhos Cachoeira. A imprensa divulgou que a casa de sua propriedade foi vendida a Carlinhos Cachoeira e lá ocorreu sua prisão.
Falando a CPMI o Governador Marconi Perillo declarou que teve relações sociais com o empresário Carlos Augusto de Almeida Ramos que era conhecido em Goiás por ser empresário. Ao longo de mais de oito horas de depoimento à Comissão Parlamentar Mista de Inquérito negou o envolvimento do Carlos Augusto Ramos e da empresa Delta com seu governo, declarou que era vítima de ilações e “Não há nenhum ato do governo de Goiás, no meu governo, em beneficio ou na direção do que suscita os diálogos divulgados na imprensa sobre a Operação Monte Carlo”.
Perguntado pelo Relator da CPMI se autorizava a quebra de seu sigilo bancário e telefônico e de mensagens respondeu que era testemunha na CPMI e não havia fundamentos jurídicos para a quebra de sigilo.
Com relação a venda da sua casa, local onde Carlinhos Cachoeira foi preso, declarou a venda da casa feita a Wladimir Garcez, ex-vereador pelo PSDB e ex-presidente da Câmara de Goiânia, que também foi preso pela PF, e que este repassou a casa ao empresário Walter Paulo Santiago. Declarou ainda não saber quem assinou os cheques que pagara a compra da casa e que foram depositados e somente após a concretização do pagamento teve legalizada a venda da casa.  De acordo com a PF o emitente dos cheques é a Excitant Indústria e Comércio, empresa que pertence a uma cunhada de Cachoeira e recebeu depósitos da Alberto e Pantoja, empresa fantasma que supostamente abastecia as contas do grupo de Cachoeira. Nunca houve nenhum pleito da Delta ou empresário ao Governador. Declarou que processou o jornalista Luiz Carlos Bordoni por calúnia por ter o mesmo declarado que recebeu por serviços prestados na campanha co recursos ilegais. Falou ainda que Eliane Pinheiro cuidava de articulações políticas no interior do estado não saber das relações da ex’chefe de gabinete com o Carlinhos Cachoeira.
Dia 13 de junho de 2012
Comparece a CPMI o governador de Brasilia Agnelo Queiroz (Marconi Perillo).
O motivo do comparecimento:
A investigação da Polícia Federal identificou o envolvimento do seu ex-chefe de gabinete, Cláudio Monteiro, com o Carlinhos Cachoeira , assim como outros membros do governo do DF.
Logo no início declarou que era o grupo que na CPMI estav sendo investigado que articulara a sua derrubada no governo de Brasília,  e afirmou. “E não agiu só. Valeu-se das falsas acusações plantadas, de vozes com acessos às tribunas políticas do país, da boa-fé das pessoas ao misturar mentiras e meias verdades”. A seguir questionou os motivos de sua convocação: “Tudo com o objetivo de me desgastar, desestabilizar e, por fim, me retirar do governo do Distrito Federal. Esse governo estava impedindo que o crime entrasse, que se fizessem negociações, que tivesse favorecimento, que indicasse gente. Por isso queriam me derrubar”.
Quanto a denuncia da revista Veja que o governo grampeou ilegalmente jornalistas e autoridades declarou: “Jamais vou permitir que a Casa Militar de um governo democrático possa adotar qualquer atitude nesse sentido”
A imprensa divulgou que os bens do Governador petista crescera quase 12 vezes desde 1998. No depoimento o governador Agnelo  negou irregularidades em seu crescimento patrimonial e abriu seu sigilo bancário, telefônico e de mensagens: “Com a quebra dos sigilos você tira qualquer tipo de ilações. Abro meu sigilo para que possam ser checadas todas as informações necessárias que demonstram que tenho patrimônio compatível”, e completou “Não quero nenhum tipo de suspeição sobre minha vida. Não posso ouvir aleivosias dessa ordem”. Agnelo Queiroz encaminhou ao colegiado declaração de nada consta do Imposto de Renda dele e se sua esposa.
Fazendo um balanço de quando assumiu o governo do Distrito Federal ele relembrou escândalos políticos de Brasília e a operação Caixa de Pandora, que desbaratou o mensalão do Democratas.
Dia 14 de junho de 2012
Reunião administrativa da CPMI do Cachoeira.
Adiou a convocação de empresário Fernando Cavendish, ex-presidente da construtora Delta por 16 votos a 13, e também com a votação de  17 votos a 13, a convocação do ex-diretor-geral do Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes (Dnit), Luiz Antonio Pagot.
Quebrou o sigilo bancário dos Governadores Marconi Perillo e Agnelo Queiroz.
Adiou a convocação do do ex-presidente da empresa Delta Construções, Fernando Cavendish, também do ex-diretor do Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes (Dnit), Luiz Antônio Pagot.
A reunião administrativa da CPMI hoje convocou:
- a mulher atual do Carlinhos Cachoeira – Andressa Mendonça.
- o jornalista Carlos Bordoni, que coordenou as campanhas eleitorais no rádio do governador de Goiás.
- o ex-assessor de Perillo, Lúcio Fiúza e também aprovou a quebra dos seus sigilos fiscal, bancário e telefônico quebrados.
- o policial civil aposentado, Alcino de Souza, apontado como laranja do esquema de Cachoeira e aprovou a quebra dos seus sigilos fiscal, bancário e telefônico quebrados.
- o contador Rubmaier Ferreira de Carvalho a aprovou a quebra dos seus sigilos fiscal, bancário e telefônico quebrados.
- para prestar depoimento foram convocados ainda,  o ex-segurança do senador Demóstenes Torres Hillner Ananias, o ex-corregedor da Polícia Civil de Goiás Aredes Correia Pires e o arquiteto Alexandre Milhomem responsável pelo projeto da casa vendida pelo governador de Goiás.
Foi aprovado ainda a quebra de sigilo fiscal, bancário e telefônico da empresa de confecções Excitant, que emitiu os três cheques para o pagamento da casa do governador Perillo, no valor de R$ 1,4 milhão e das empresas Rental Frota Logística, GM Comércio de Pneus e Peças, Faculdade Padrão, e Mestra Administração e Participações.
A CPMI deve tomar conhecimento e analisar dos dados das quebras de sigilo e após isso fazer novas convocações.